terça-feira, 21 de abril de 2015

19 de abril - Dia do Índio

Dia do Índio 


Crianças indígenas


      O dia do índio é comemorado em 19 de abril. Esta data foi criada e decretada em 1943, pelo presidente Getúlio Vargas, como forma de homenagear esse povo.
     A população indígena, desde o descobrimento do Brasil, sofreu muito, pois foram perseguidos, agredidos e doutrinados pelos homens brancos.
      Quando os portugueses chegaram aqui, encontraram uma população grande de índios espalhados pelas nossas terras, eram aproximadamente seis milhões.
      O modo de vida dos índios é bem diferente do homem, pois vivem em aldeias, suas casas são feitas de galhos de árvores e palhas, que recebem o nome de oca. Alimentam-se de raízes, como mandioca, cará, inhame e batata-doce, além da caça e da pesca. Também produzem objetos necessários para sua sobrevivência, como arco e flecha, e para o seu dia a dia (vasilhames de cerâmica, cestos de palha, redes, etc.). Costumam pintar seus corpos com tintas extraídas de plantas naturais, como o urucum de cor avermelhada, a beterraba de cor roxa e o azul escuro do jenipapo.


                                     Povos indígenas escravizados.
 Esses povos foram escravizados pelos portugueses, contaminados com doenças que não conheciam, além de morrerem por maus tratos e tiros quando tentavam fugir, o que fez reduzir em grande quantidade parte de sua população.
    Os portugueses trocavam informações com os índios através de gestos, mostrando-lhes como era a sua cultura, sua forma de viver, mas exigiam destes que atendessem suas vontades e necessidades.
Hoje em dia a quantidade de índios está aproximadamente em torno de 280 mil, mas, em razão da melhoria de suas condições de vida, há um crescimento populacional desse povo.
Existe um órgão do governo federal que cuida dos interesses dos povos indígenas, preservam suas riquezas e sua cultura. A FUNAI - Fundação Nacional do Índio - cumpre com o disposto na Constituição Brasileira de 1988.
 

Educação Indígena no Brasil

   Os professores indígenas já são a maioria nas aldeias brasileira. Mas ainda falta a formação para garantir aos alunos a Educação bilíngue e intercultural que merecem. A Educação Indígena no Brasil é uma modalidade recente perante a lei. 

  Muitos indígenas param de estudar pelas dificuldades e pelo preconceito é o exemplo do guarani Edgar* ele tem 19 anos e não estuda desde os 12, quando terminou a primeira etapa do Ensino Fundamental. Ele vive em uma aldeia que fica na fronteira com o Paraguai e ainda não está demarcada, razão pela qual a maioria das aldeias da região não conta com uma escola oficial, assim para as crianças e adolescentes sobra a opção de estudar em escolas "de branco" que está localizada na cidade. 
  
 Surgem aí as primeiras dificuldades. O principal é a falta de documentos, pois como nasceu do lado de fora da fronteira, Edgar* não possui certidão de nascimento brasileira sendo assim sua matrícula foi negada.
Por lei, o ideal não seria irem para  a escola comum, sim terem acesso a uma instituição oficial na aldeia.O direito a um ensino diferenciado, específico, intercultural, bilíngue/ multilíngue e comunitário é garantido por lei e está descrito na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em normativas do Conselho Nacional de Educação (CNE) e no Plano Nacional de Educação (PNE) 2001- 2010.

     Segundo Rita Potyguara, coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena do Ministério da Educação (MEC), a criação de uma escola indígena independe da condição jurídica da terra. No entanto, de acordo com a Secretaria do Paraná, a questão fundiária é um grave obstáculo. Muitas aldeias de Guaíra estão em áreas de disputa judicial com os proprietários rurais da região, tornando as relações extremamente tensas.

     A solução viável no curto prazo seria matricular essas crianças em escolas regulares e ofertar na aldeia, paralelamente, um ensino focado nas tradições próprias. "Na falta de Educação Indígena apropriada, eles deveriam ter assegurado o acesso à instituição de ensino regular e frequentar as aulas de conhecimentos e práticas indígenas no outro período, mas em quase todas as aldeias o ensino é improvisado", diz Henrique Gentil Oliveira, promotor do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR). Na aldeia Y’hovy, essas aulas são dadas em uma cabana precária, de chão de terra e paredes feitas de ripas de madeira velhas. Ali, a professora Paulina Martines ensina elementos da cultura guarani, como a medicina, os valores, a língua materna avá guarani e o dialeto mbyá. Dos 32 estudantes atendidos por ela, apenas 15 frequentam também as escolas da cidade a que têm direito por lei.

 Faltam escolas, professores e transporte.


    Os obstáculos enfrentados pelos indígenas variam de acordo com a região do país e incluem questões geoclimáticas - como a distância de determinadas aldeias - e técnicas - como a produção de material didático específico e formação de professores de cada etnia. Os índios se deparam com a falta de escolas e professores, transporte escolar insuficiente, desinformação por parte dos profissionais do setor e até preconceito, que gera abandono. "Como não há um acompanhamento sistematizado do governo federal para garantir a eficácia da proposta, essa Educação depende de cada estado e das relações que ele tem com os povos locais, nem sempre amigáveis. Assim, podem ocorrer desvirtuamentos", diz Luís Donisete, pesquisador do Núcleo de História Indígena e do Indigenismo da Universidade de São Paulo (USP).

A legislação brasileira garante o direito à Educação Indígena, que deve ser  ofertada, de preferência, dentro das aldeias. Em muitos lugares, como na aldeia Yhovy, isso não ocorre. O local não conta com uma instituição de ensino oficial e há apenas esse barracão para as aulas sobre a cultura guarani.


 
Escola improvisada, por causa da infraestrutura precária, as aulas sobre elementos da cultura guarani dependem das condições climáticas para acontecer. Nesse espaço estudam 32 alunos. Apenas 15 deles estão matriculados também em escola regulares na cidade, a que têm direito por lei.

 
Docente e moradora há três anos, a professora indígena Paulina Martines ensina a língua avá guarani e outros conhecimentos de sua etnia para crianças e adolescentes da aldeia Yhovy. Como apoio didático, conta somente com um quadro-negro e giz. Todos em idade escolar na tribo frequentam suas aulas.

 Sites:http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/indios-povos-indigenas-isolados-aprendizado-779398.shtml?page=1#ad-image-2
http://www.escolakids.com/dia-do-indio.htm

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